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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

domingo, 28 de novembro de 2010

Premiados do IV Cinema Mundo

Mostra Raiz:
Melhor Filme: Boa Morte
Menção Honrosa: Despertar

Mostra Ibero-americana:
Melhor Música Original: Pedra Bruta
Melhor Desenho de Som: Pedra Bruta
Melhor Direção de Arte: Argentino Vargas
Melhor Montagem: Magnífica Desolação
Melhor Ator: Auro Juriciê - Vela ao Crucificado
Melhor Atriz: Laura de La Uz - Los Minutos, Las Horas
Melhor Roteiro: Eu Não Quero Voltar Sozinho
Melhor Fotografia: O Som do Tempo
Melhor Direção: O Som do Tempo
Melhor Filme: O Som do Tempo

Menção Honrosa: Mãos de Outubro

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

sábado, 6 de novembro de 2010

IV FESTIVAL INTERNACIONAL DE CURTAS METRAGENS DE ITU CELEBRA ÉTICA E ESTÉTICA NO CINEMA BRASILEIRO

Ao promover o encontro entre os cineastas Luiz Rosemberg Filho, Andrea Tonacci, Ricardo Miranda, a montadora de cinema Cristina Amaral, além da atriz, e também realizadora, Helena Ignez, o Festival Internacional de Curtas Metragens de Itu, em sua IV edição, através de sua mentora e organizadora Renata Saraceni, deixa ver um dos propósitos que o movimentam: construir espaço que sirva à vocação humanista do cinema, priorizando aqueles cuja estética se defina por uma postura ética comprometida com a liberdade de criação, expressão e conhecimento.
Ricardo Miranda é nome associado à montagem de autores importantes para nossa cinematografia, como Arthur Omar, Glauber Rocha, Paulo César Saraceni, o próprio Luiz Rosemberg Filho. É dele a montagem de um dos núcleos do filme mítico “A Idade da Terra”, de Glauber Rocha, 1977, talvez aquele melhor estruturado nos princípios de uma construção artística com critério estético, épico didático, sentido de ritmo e tempo interno através de uma montagem dialética como queria Glauber. De Luiz Rosemberg Filho, “Crônica de um industrial”, 1978, obra barroca, brechtiniana, operística, síntese de um momento crucial de nosso país. Nos filmes de Paulo César Saraceni, a dilatação do tempo para expressar a angústia de paixões implacáveis em seu poder de dilacerar vidas, mas também a orquestração irreverente, com senso de humor, nos documentários líricos que sabem extrair poesia e música dos instantes plenos de afetividade pelo humano.
Cristina Amaral é também montadora, entre outros, de filmes de Carlos Reichenbach, outro realizador famoso por sua generosidade e amor ao cinema, além dos de Andrea Tonacci, “Serras da Desordem”, 2009, um dos principais filmes da produção cinematográfica brasileira recente.
No cinema, são montadores com conceito, tem generosidade de olhar, disposição de espírito e o coração aberto, dados necessários a um bom montador ou editor em cinema ou qualquer outro meio audiovisual de expressão. Sabem considerar o filme como linguagem, com sentido de tempo e ritmo
Luiz Rosemberg Filho e Andrea Tonacci, por serem diretores, são, no geral associados, como figuras emblemáticas, ao movimento do Cinema Marginal ou Experimental no Brasil, nos anos setenta. Marginal é um rótulo no qual se sentem desconfortáveis por não se identificarem com tal condição em sua opção de vida. Similar ao que acontece em todo movimento estético nomeado no calor das circunstâncias, vistos em sua particularidade, os filmes, pelo menos no que se refere a esses dois autores, revelam muito maior complexidade do que a classificação redutora quer nos fazer crer. Marginais talvez porque se opusessem a um modelo único de representação no cinema, no caso, o modelo naturalista, calculado sob as convenções do melodrama e onde se submete todo o potencial do cinema enquanto linguagem à ilustração banal de uma intriga subliterária, com base na imitação de modelos de comportamento herdados sobretudo das culturas industriais ocidentais do até então chamado Primeiro Mundo a que se aspira. A idéia, ainda no Século XXI, de uma periferia a imitar os valores de uma metrópole, aqui repetidos na forma de clichês e estereótipos numa cultura de farsa. Também quando se diz que são cineastas radicais, não se esclarece a que se refere a expressão. Radical diz respeito a raíz, a essência, ao fundamento. Os filmes de Tonacci e Rosemberg possuem rigor estético, depuração plástica na articulação de imagens e sons que hoje inexistem em nosso cinema. Além de pertencerem a árvores genealógicas particulares: Tonacci é da tradição de um cinema da imanência, de um realismo próximo ao de Roberto Rossellini; Rosemberg opera na montagem dialética de Eisenstein e das artes plásticas, mais especificamente, no terreno da bricolagem de Duchamp. São filmes que elaboram linguagens que ultrapassam retóricas de senso comum, abrem espaço para a poesia, a pintura, a psicanálise, a literatura, a música, a dança, o teatro, o circo, o próprio cinema enquanto instituição de uma linguagem moderna. São formas do conhecimento sensível, não apenas iluminista e racional como querem os filmes de ilustração da atualidade. Estão voltados para a tradição de uma cultura humanista, pós iluminista, romântica, que incorpora o subjetivo, o inconsciente, as sombras dos medos e dos desejos.
Helena Ignez, a outra convidada para este IV Festival, é, como sabemos, a atriz simbólica da síntese entre o Cinema Novo e o chamado, genericamente, Marginal: a jovem de “O Pátio”, 1956, Glauber Rocha, germe da vertente poética e experimental do Cinema Novo, e de “O Padre e a Moça”, de Joaquim Pedro de Andrade, 1965, baseado no poema de Carlos Drummond de Andrade, a vertente lírica, intimista; materializou também Janet Jane de “O Bandido da Luz Vermelha”, 1969, Ângela Carne e Osso de “A Mulher de Todos”, 1970, “Beth Bomba”, a loira platinada de “Copacabana mon amour” e a loira alucinada de “Sem essa aranha”, todos filmes de Rogério Sganzerla, anos setenta: o mito pop do feminino descolonizado na secularidade contemporânea. Sua presença fulgura no imaginário cinematográfico coletivo nacional como referência libertária, musa, ao lado de Leila Diniz e Anecy Rocha, de filmes seminais para nosso patrimônio e identidade fílmica cultural.
Resta observar a lista dos filmes selecionados para a Mostra Competitiva de Curtas Metragens, um dos programas do festival ao lado da Mostra Regional, voltada a produção local em audiovisual, e da Mostra Escola, dedicada a projetos vinculados a programas educativos. Tive o privilégio de assisti-los e dão mostras da riqueza múltipla do que se tem produzido em matéria de uma cultura do audiovisual brasileiro, além do que usualmente tem sido filtrado pelos mecanismos reguladores dos meios oficiais de difusão, inclusive da atual política dos festivais cinematográficos que perdem sua vitalidade e sentido ao priorizarem critérios alheios ao estético, artístico, histórico e cultural, submetendo-os a regras exclusivas do que julgam palatável ao imediatismo de ocasião. Nesta seleção, é visível que se procurou valorizar o quanto pode ser rico um olhar que não se contenta em seguir fórmulas. E é uma geração jovem que ainda traz o viço de não querer se impregnar pelos hábitos do passado. Na seleção dos filmes, nota-a valorização do que se possa ter de poesia na maneira de olhar, de procura, de livre manifestação de sentimentos que apontem para possibilidades e não apenas para comportamentos de uma cultura maníaca, de repetição, que privilegia como saudável a negação dos conflitos, das contradições, os resultados eficazes que garantam a idéia, ilusória, de um eterno sucesso que esconda nossa vulnerabilidade, nossa transitoriedade e humanidade. Como temas, caem por terra, portanto, os filmes de piadas de gueto, das quais apenas os amigos podem rir, de exploração da miséria e da violência com o intuito adolescente de chocar de modo gratuito, das projeções fantasiosas de uma classe média sobre o mundo que vêem apenas como reflexo de suas vaidades e temores. Ficam imagens de nossos sonhos, realidades de nosso cotidiano vivenciadas numa perspectiva do interior, de dentro para fora, e também risos, música, humor. Não se espere aqui apenas os chamados “filmes cabeças”, mas também criatividade disseminada pelos variados gêneros e linguagens: dramas narrativos, líricos, oníricos, experimentais, comédias regionais, futuristas, documentários, agit prop, confessionais, musicais... Há sensibilidades para todos os gostos. O que é importante é que, no geral, conseguem se livrar da sensação de estarmos presos a modelos estética e historicamente ultrapassados. Revelam a sensibilidade real de uma identidade, de uma cultura, que funciona de modo muito mais eficaz em sua organicidade anônima e nacional do que nos ostentam os meios de comunicações de massa oficiais. O cinema não se faz com fórmulas, mas com verdades.
O IV Festival Internacional de Curtas Metragens de Itu que, já em sua primeira edição, buscava promover o encontro e a reconciliação entre o Cinema Novo e o cinema do modelo industrial da Vera Cruz, nas figuras emblemáticas de Paulo César Saraceni e Anselmo Duarte, agora reafirma seu mesmo propósito de valorizar, no homem, sua humanidade e sua linguagem própria, e não os formatos e as regras de boa conduta e de sucesso que, no final das contas, tem se revelado pouco alentadoras e pouco profícuas. Aos poucos, desenha um espaço e resgata a verdadeira vocação dos festivais cinematográficos que hoje proliferam no país: abrir espaço para o desconhecido pois o conhecido, já sabemos, não tem feito de nós seres humanos melhores. Vida longa ao festival e a Renata Saraceni, sua autora e criadora.
Joel Yamaji dirigiu o documentário “Cafundó”, 1986, e os curtas de ficção “Impressões para Clara”, 1998, Flores para os mortos, 2000, A Ira, 2002, entre outros. Atuou como professor de audiovisual de 1987 a 2010.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cinema Mundo divulga filmes selecionados para as duas Mostras Competitivas

Mostra Competitiva Ibero-americana de Curtas-Metragens:

A Invasão do Alegrete, Dir. Diego Muller, Brasil
Agujeros de Gusanos (Buracos de Vemes), Dir. Gastón Pablo Leiva, Argentina
Argentino Vargas, Dir. Federico Sosa, Argentina
Áurea, Dir. Zeca Ferreira, Brasil
Bem Intencionados, Dir. Julio Matos, Brasil
Circuito Interno, Dir. Júlio Marti, Brasil
Compramos e Vendemos Sentimentos, Dir. Francisco Souza e Vitor Pedrosa, Portugal
Crônica de mente, Dir. Clemie Blaud, Brasil
Cru, Dir. Fábio Allon, Brasil
Cuento para un Entierro, Dir. Ibai Abad, Espanha
Curta Saraus, Dir. David Alves da Silva, Brasil
Distancias, Dir. Matias Luchesi, Argentina
Eu Não Quero Voltar Sozinho, Dir. Daniel Ribeiro, Brasil
Journée, Dir. Maria Fernanda Serson, Brasil
Los Minutos, Las Horas, (Os Minutos, As Horas), Dir. Janaína Ribeiro, Cuba/Brasil
Mãos de Outubro, Dir. Vitor Souza Lima, Brasil
Magnífica Desolação, Dir. Fernando Coimbra, Brasil
Muraña, Dir. Sebastian Palacio, Argentina
Nego Fugido, Dir. Claudio Marques e Marília Hughes, Brasil
Nenhum Nome, Dir. Gonçalo Waddington, Portugal
No Balanço de Kelly, Dir. André Weller, Brasil
No me Ama, Dir. Martin Piroyansky, Argentina
O Monstro (El Monstruo), Dir. Rafael Antonaccio, Uruguai
O Som do Tempo, Dir. Petrus Cariry, Brasil
Papai Noel Anticapitalista, Dir. Ivo Filho, Brasil
Pedra Bruta, Dir. Julia Zekia, Brasil
Pinball, Dir. Ruy Veridiano, Brasil
Sóc Mare, Dir. Ignácio Acconcia, Espanha
Smolik, Dir. Cristiano Mourato, Portugal
Um Dia, Duas Madrugadas, Dir. Gilberto Mauro, Brasil
Tauri, Dir. Marcelo Miranda Perez, Brasil
Timing, Dir. Amir Admoni, Brasil
Vela ao Crucificado, Dir. Frederico da Cruz Machado, Brasil

Mostra Competitiva De Curtas Raiz

3x4, Dir. Caue Nunes, Campinas/Brasil
Despertar, Dir. Anderson Pedron, São Roque/Brasil
Mulheres da Prainha, Dir. Luciana Sotelo e Ilton Fernandes, Santos/Brasil
O Belga, Dir. Igor e Ivan Spacek, Atibaia/Brasil
Boa Morte, Dir Lucas Vega e Letícia Tonon, Santa Gertrudes/SP
Preservação Ferroviária no Brasil, Dir.Edson Piron, Indaiatuba/Brasil
Reprovados – Uma brincadeira sem graça, Dir. Marcelo Takata, Rafael Siqueira, Marcelo Murbach, Campinas/Brasil
Um Pouco Mais de Eternidade, Dir. Marcel Tosta, São Carlos/Brasil

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Presidente do Juri da Mostra Competitiva Iberoamerciana de Curtas-Metragens

O Cinema Mundo apresenta o Juri oficial da Mostra Competitiva Iberoamericana de Curtas-Metragens do IV Cinema Mundo - Festival de Cinema de Itu.

Presidente do Juri: Andrea Tonacci
Membros do Juri: Clarissa Moebus, Juliano Luccas, Luiz René Guerra e Sérgio Apendre.


Andrea Tonacci: Nasceu na Itália e veio para o Brasil com 11 anos de idade.
Um dos principais expoentes do movimento que ficou conhecido como Cinema Marginal, seus filmes contribuíram para discussão sobre a estética desse momento do cinema brasileiro. Um deles, "Bang-Bang" foi selecionado para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes e é considerado um marco do cinema marginal. Tonacci produz, fotografa e dirige seus documentários. Em 2005, finalizou o longa "Serras da Desordem",que recebeu os Kikitos de melhor filme, melhor diretor e melhor fotografia no festival de Gramado de 2006. Para muitos, Andrea Tonacci é o maior cineasta paulista de todos os tempos.

Juliano Luccas: Cineasta graduado em comunicação social com especialização em gestão de processos de cinema na FGV. Produziu 6 curtas‐metragens, dirigiu e roteirizou os filmes Aurora, Luchador e Spectaculum, recebeu 15 prêmios e participou de 50 seleções oficiais em festivais e mostras nacionais e internacionais.
Integrou o Júri oficial do 3º Festival Paulínia de Cinema.Atualmente está na fase de pré-produção de seu próximo filme baseado nas tirinhas A Noite dos Palhaços Mudos do cartunista Laerte.

Luiz René Guerra: Alagoano radicado em São Paulo, René Guerra é formado em cinema pela FAAP (2006). diretor de cinema e teatro, completou seu primeiro curta-metragem em 35mm “Os Sapatos de Aristeu” em 2008, um dos filmes nacionais mais premiados deste ano. Com o roteiro deste filme foi selecionado para o Berlinale Talent Campus em 2006 onde trabalhou no desenvolvimento de projetos de ficção e de documentário sobre personagens considerados marginais pela sociedade.

Sérgio Alpendre: é jornalista e crítico de cinema. Editor da Revista da Programadora Brasil desde janeiro de 2010. Fundou e editou a Revista Paisà, publicação impressa sobre cinema que circulou entre 2005 e 2008. Foi redator da Contracampo de 2000 a 2010, e escreve frequentemente com a Folha de São Paulo (Guia de livros, discos, filmes), para o UOL Cinema e para a MOVIE. Já colaborou para a Bravo, para os cadernos Ilustrada e Mais, da Folha de São Paulo, para o site Cinequanon e para a Revista Tarurana. Realiza cobertura jornalísticas de festivais de cinema por todo o Brasil. Foi curador das mostras Andrei Tarkovski (CCBB-Brasília) e Retrospectiva do Cinema Paulista (CCBB-SP).

sábado, 16 de outubro de 2010

Inscrições encerradas

As inscrições para Mostra Competitiva de Curtas-metragens estão encerradas. Em breve, relação dos curtas selecionados.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Outrarias

Um festival de cinema é um encontro entre pessoas e filmes. As pessoas se encontram para celebrar, refletir, sonhar, sorrir ou chorar, mas sobretudo se relacionar. Tive um professor de antopologia que dizia que é preciso que as pessoas se outrem...e ecreveu um livro chamado "Outrarias". Festival é isso, é a possibilidade do outro, tendo o cinema como o grande inspirador dessa capacidade natural do ser humano.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Curso de Montagem com Ricardo Miranda

"Os geógrafos dizem que há dois tipos de ilhas.
Eis uma informação preciosa para a imaginação,
porque ela aí encontra uma confirmação
daquilo que, por outro lado, já sabia."
Deleuze

Objetivo

O objetivo geral consiste em introduzir os alunos nos principais pensamentos e estéticas da montagem, voltados para uma etnografia do processo de construção e desconstrução do filme.

Conteúdo da Aula:
Conversas: o cinema.
Exercício de construção verbal do filme.
Recordando/pensando a montagem a partir dos filmes
• A Visão
• A Percepção
• O corte
• Montagem Narrativa
• O corte visível / Descontinuidades

Visionamento de filmes da avant-garde francesa.
Experimentações de montagem. Kuleshov,

Vanguardas Soviéticas.
Eisenstein - estética e teoria - Construtivismo, Ideograma e Psicologismos.
Dziga Vertov - A Invenção. Cinema-olho.
Filmes acompanham os temas na aula.
Artavedz Pelechian - A montagem em contraponto

O cinema moderno. O espaço, o tempo e o corte.
Como descobrir os princípios de uma montagem
de invenção. A cor. Dramaturgias da descontinuidade.
A estrutura dramática no documentário.

Relações contemporâneas. Ritmos, dessincronias, etnografias, descontinuidades, êxtases e poéticas da montagem. A não imagem. A Vídeo-Arte. Propondo o desvendamento.A Montagem no Brasil

• Orson Welles
• Jean-Luc Godard
• Jean Marie Straub
• David Perlov
• Antonioni
• Pasolini
• Glauber Rocha
• Rogério Sganzerla
• Arthur Omar e outros

Local:
Espaço Fábrica São Luiz – Rua Paula Souza, 492 – centro – Itu.

Datas e Tempo de duração:
Dia 26 de novembro de 2010: sexta-feira: das 14 ás 17 horas.
Dia 27 de novembro de 2010: sábado das 10 às 13 horas.
Dia 28 de novembro de 2010: domingo das 11 às 13 horas: Plantão de dúvidas.

Vagas:
30

Custo
R$ 30,00

Curso de Roteiro com Joel Yamaji

Conteúdo:
Curso intensivo, prático-teórico, sobre roteiro cinematográfico. O aluno é orientado sobre rudimentos básicos para a concepção, elaboração e desenvolvimento de um roteiro cinematográfico para produto de curta metragem para cinema e televisão.
Função do roteirista. O roteiro e a direção na concepção de um filme. O que é um roteiro cinematográfico. Concepção e estrutura de construção. Modos de representação. Roteiro literário e roteiro técnico: palavra e imagem. Da decupagem técnica de um roteiro. Forma e estilo em um filme. Da montagem: articulação das narrativas, do tempo e do espaço. Ritmo e atmosfera.
Metodologia:
A partir de referências de filmes reconhecidos como importantes na construção e evolução da linguagem cinematográfica, fornecer ao aluno repertório inicial de recursos técnicos para elaboração de seu projeto de roteiro cinematográfico. Exercícios práticos de escrita cinematográfica serão feitos na intenção de provocar a elaboração de roteiros cinematográficos a partir dos imaginários e vivências dos alunos. No encontro de um dia de realização da oficina e nos três dias de duração do festival, alunos interessados poderão desenvolver roteiros a partir de suas idéias de projetos com atendimento do professor orientador.

Local:
Espaço Fábrica São Luiz, 492 – Centro – Itu.

Tempo de duração:
Dia 26 de novembro de 2010: Sexta-feira: 17:30 ás 22:30 horas:
Dia 27 e 28 de novembro de 2010: sábado das 14 às 17 horas.
Domingo das 10 às 12 horas: Plantão de dúvidas - atendimentos com o professor-orientador dos eventuais projetos surgidos no encontro.

Vagas:
30

Custo
R$ 30,00

terça-feira, 28 de setembro de 2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Cinema Mundo chega ao IV Festival Internacional de Cinema

Itu sedia, entre os dias 25 e 28 de novembro, o Cinema Mundo – IV Festival Internacional de Cinema promovido na cidade, com o apoio da Prefeitura. Entre as atrações, a população poderá ter acesso a 35 filmes distribuídos em quatro mostras, que são a Infantil, Panorama Nacional, Panorama Internacional – Cinema Ibero-americano e a Mostra Competitiva ibero-americana de curtas-metragens. O evento, que engloba exibição de filmes, palestras, mesas de debate com os diretores, workshop de roteiro e montagem acontece no Espaço Fábrica São Luiz, na Rua Paula Souza, 492.
As inscrições para a Mostra Competitiva de Curtas-metragens, nos formatos, Documentário, Ficção, Animação e Experimental, estão abertas. Os selecionados de todas as regiões do Brasil e dos países ibero-americanos irão concorrer aos prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Argumento, Melhor Fotografia, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Direção de Arte, Melhor Montagem, Melhor desenho de Som e Melhor Música Original. O público também poderá participar da escolha, selecionando o filme que receberá o prêmio CINEMA MUNDO. Na Mostra Competitiva há uma categoria especial para filmes produzidos apenas no interior paulista, que concorrerão ao troféu RAIZ.
Trabalhar na integração entre cineastas, estudantes e amantes da sétima arte; na difusão do cinema nacional e na desconcentração da cultura cinematográfica nacional para o interior, são as metas do festival, já que os grandes acontecimentos culturais acabam ocorrendo em poucos lugares, principalmente Rio e São Paulo. “Realizar eventos em outras localidades, em especial no Interior, é abrir novos espaços e atender uma demanda de um público ávido por cinema, mas com pouco acesso a atividades”, diz Renata Saraceni, organizadora do evento.



Edições anteriores

Na primeira edição do Cinema Mundo, em 2007, foi realizado o Encontro Internacional de Estudos Cinematográficos, com presença de realizadores e filmes da Alemanha, Dinamarca, Cuba e Argentina. Foi feita ainda uma homenagem ao cineasta Anselmo Duarte que, após o festival, constituiu a “Fundação Anselmo Duarte” em Salto.
Já na segunda edição, ocorreu o Encontro das Américas, com participação de realizadores e filmes da Argentina, EUA e Cuba. “Tivemos a presença de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, que reuniu mais de 200 pessoas em uma noite, e de Paulo Betti, com exibição de filme e apresentação de música simultaneamente. Foi surpreendente o fascínio dos jovens pelo Zé do Caixão, especialmente porque a maioria nem tinha nascido quando ele estava mais em evidência.”
Na terceira edição, em 2009, durante o seminário “A Arte de Assistir Cinema” o público pode ter uma introdução a cada uma das áreas de construção de uma obra cinematográfica, além de assistir a filmes memoráveis em homenagem ao Ano da França no Brasil.
Mais informações pelo site www.cinemamundo.com.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

domingo, 15 de agosto de 2010

INSCRIÇÕES 2010

ESTÂO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS. WWW.CINEMAMUNDO.COM

domingo, 1 de agosto de 2010

INSCRIÇÕES 2010

Prezados diretores e/ou produtores. As inscrições para o 4. cinema mundo estarão disponíveis em breve no site www.cinemamundo.com
Obrigada
renata saraceni

segunda-feira, 17 de maio de 2010

rapidinho

Incrível, a velocidade que a vida nos leva a saber das coisas...pessoas já estão comentando os filmes de Cannes, antes mesmo de serem exibidos no festival...é a corrida pra quem assiste primeiro. Não aguento!
A passos de tartaruga, assisti atrasado ao filme Cheri, de Stephen Frears, que já está até em Cannes com filme novo e tudo. A quem diga que Cheri é um filme fraco, superficial, que faltou dar a devida complexidade que o tema exigia.
O filme é lindo, direção de arte impecável, fotografia bárbara, atrizes encantadoramente perfeitas (com é linda Michele Pfeiffer). A complexidade é subliminar, talvez nem todos os corações consiguiram captar.
Um bom filme é aquele que permite a você fazer parte dele.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Cinema do Vale do Sol

Por ocasião do III Festival Internacional de Curta Metragens de Itu. 2009. que, como os festivais regionais cinematográficos tem, entre outras, a função de promover o encontro entre pesquisadores e profissionais da área, fomentando a reflexão e o comprometimento com uma civilização mais digna através do conhecimento e troca de sensibilidades, pode se constatar a importância da cidade no processo cinematográfico do país acima descrito. O fenômeno é, aliás, conhecido, apesar de nem sempre analisado em detalhe e com a merecida consideração. Sabemos o grau de possíveis preconceitos inerentes às formas de abordagem de determinados aspectos culturais da civilização brasileira, forjadas, nem sempre de forma natural (muito ao contrário), pelos valores das matrizes de centro (Europa e Estados Unidos). As pesquisas acima referidas e em processo apontam Itu e arredores como local favorável a muitos dos produtos audiovisuais característicos do núcleo de produção em questão, de forma a quase se constituir como um ciclo de produção regional, outra característica peculiar ao nosso cinema. Os ciclos regionais de produção, como sabemos, são componentes fortes na história do Cinema Brasileiro tendo sido fonte de sustentação de sua existência, desde o início, na fase heróica do pioneirismo (os ciclos regionais do Recife, de Campinas, de Minas-Cataguases, nos anos 20 e 30) chegando à atualidade como neste na região conhecida como o Vale do Sol (Sorocaba, Salto e Itu). Em Itu, foram produzidos filmes tanto ligados ao gênero do cangaço (os nordesterns), altamente populares no período (“A Morte Comanda o Cangaço” , de Carlos Coimbra – cenas complementares que deu entrada aos seguintes), “Cangaceiro Sanguinário”, de Osvaldo de Oliveira, “Lampião, o Rei do Cangaço”, novamente de Carlos Coimbra, entre outros), faroestes caboclos com clara inspiração no western italiano (“Rogo a Deus e mando bala”, de Osvaldo de Oliveira), como comédias rurais que enalteciam a personagem do caipira (“Sertão em Festa”, com a dupla de cantores sertanejos Tião Carrero e Pardinho, “No Rancho Fundo”, com o humorista nacionalmente conhecido e originário da cidade, Simplício, ao lado de Nhá Barbina e Saracura, além da participação de Chitãozinho e Xororó, “Luar do Sertão”, com os igualmente populares, no período, Tonico e Tinoco, além de Mazzaropi, “As Aventuras de Pedro Malazartes”, “Casinha Pequenina”).
Vale a pergunta: um Brasil que, pouco a pouco, é relegado ao passado e tende a desaparecer (o Brasil rural e caipira dos interiores do país, dos sertões adentro)? Sem falar de filmes clássicos como “Veredas da Salvação”, de Anselmo Duarte e, do mesmo diretor, como é conhecido, originário de Salto, cidade vizinha, “Quelé do Pajeú”, rodado nas imediações, com Tarcísio Meira e Rossana Guessa. Ou de sucessos que causaram comoção na época, como “Meu Pé de Laranja Lima”, versão para o cinema do romance de José Mauro de Vasconcelos, por Aurélio Teixeira, e a aqui já mencionada série para a TV, “O Vigilante Rodoviário”, de Ary Fernandes, com Carlos Miranda. Também as produções de caráter histórico, em sintonia com a vivência local, como “O Caçador de Esmeraldas”, sobre o bandeirante Fernão Dias;
O ponto revelador é que, além da proximidade com São Paulo, um dos tradicionais centros de produção do audiovisual e de suas características peculiares favoráveis ao cinema (como a luz e sua paisagem naturais), a história de Itu está muito vinculada à história do país como um todo. Como nos mostra Maria de Lourdes Figueiredo Sioli, professora e historiadora da cidade, em seu livro “Itu, História para Jovens Leitores” (Ed. Ottoni, Itu, SP, 2002), a cidade é marco inaugural no processo de avanços da civilização branca no país que, penetrando através de São Vicente, Santos-Jundiaí, rompendo os paredões da Mata Atlântica, desbravou caminhos através de sua floresta no percurso dos rios já aqui navegados pelos indígenas, chegando-se ao vale entre o Tamanduateí e o Anhangabaú onde, estabelecendo-se a Vila de São Paulo do Piratininga, adentrou pelo Oeste através de Santana do Parnaíba, Sorocaba e Itu. Como nos lembra o livro, Itu era base de apoio na linha de fronteira entre territórios já conquistados e os ainda a se desbravar, a “boca do sertão”, último entreposto para troca de animais, armas e mantimentos, rumo ao ainda inexplorado. Seus fundadores são mamelucos, mestiços entre o branco e o índio; nas origens, as bases da cultura caipira que, muito mais à frente, ajudaria a consolidar uma das figuras emblemáticas na afirmação de nossa identidade nacional, o caipira, figura primordialmente materializada, como sabemos, na obra de um dos pintores clássicos da história da pintura brasileira, Almeida Junior, aliás, nativo da cidade.
Berço portanto no processo da civilização no país, através dos bandeirantes que ajudaram a fazê-la em meio aos índios e escravos, pela cidade, acompanhamos os principais passos da constituição da nação brasileira: os ciclos da extração mineral, do açúcar, do café, do algodão, da industrialização através da primeira indústria têxtil, a Fábrica São Luis, as primeiras escolas e colégios através dos missionários jesuítas e franciscanos, das primeiras idéias liberais republicanas pela independência do país frente à matriz portuguesa, dos primeiros passos na constituição da República (a conhecida Convenção Republicana de Itu, em 1873), na formação da própria República consolidada através de sua oligarquia cafeeira e na figura do primeiro presidente civil do país, Prudente de Morais, cidadão de Itu, na Revolução Constitucionalista de 1932, em oposição às forças de Getúlio Vargas, na 2ª Guerra Mundial até os dias de hoje.
Texto do querido amigo Joel Yamji